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Você gostaria de adotar hábitos saudáveis e perder peso, mas está sempre deixando essas metas para depois? Saiba que não está sozinho: uma pesquisa norte-americana, publicada no Psychological Science, apontou que a Praticar exercícios com frequência acelera o metabolismo e auxilia na perda de peso. No entanto, os benefícios não se limitam apenas ao aspecto físico e se estendem à saúde mental – o que, por sua vez, contribui para o tratamento da obesidade1.

Ser fisicamente ativo libera substâncias químicas no cérebro que fazem você se sentir bem, aumentam a autoestima, ajudam na concentração, reduzem sintomas de ansiedade e depressão, e ainda melhoram o sono e o bem-estar1.

Os inúmeros benefícios para a saúde mental auxiliam quem está em uma jornada de perda de peso, pois o suporte psicológico tem um papel importante no tratamento da obesidade, já que a condição também pode estar relacionada a questões emocionais, como ansiedade, estresse e depressão2.

Esses sentimentos negativos geram uma queda no nível de substâncias que atuam no cérebro para promover a sensação de bem-estar. Dessa forma, a comida pode ser usada como um meio de aliviar esses sentimentos, o que pode gerar vícios e compulsão alimentar. Pessoas com obesidade também sofrem com preconceitos e são discriminadas, o que pode contribuir para a diminuição da autoestima e até distanciálas da busca por um tratamento2.

Exercícios físicos são duplamente benéficos no tratamento da obesidade


Veja abaixo por que você deveria praticar exercícios físicos para cuidar de sua saúde mental e, consequentemente, da obesidade:

Traz sensação de bem-estar. Você já experimentou uma sensação de bem-estar após fazer algum exercício físico? Isso acontece porque, quando nos exercitamos, nosso corpo libera hormônios e neurotransmissores (substâncias químicas produzidas pelos neurônios), como serotonina, dopamina, noradrenalina e endorfina, que estão associados a emoções positivas e sentimentos de felicidade4-5.

Além disso, fazer exercícios aeróbicos (como correr, andar de bicicleta, nadar entre outros) libera endocanabinoides, neurotransmissores que atuam como tranquilizantes naturais e nos deixam com uma sensação de bem-estar durante bastante tempo após os treinos3.

Melhora as funções cognitivas. Os neurotransmissores liberados quando nos exercitamos desempenham um papel importante nas emoções e nas funções cognitivas. A velocidade do processamento cognitivo melhora com a prática regular de atividade física. Com isso, há um aperfeiçoamento na memória, atenção, concentração, raciocínio e foco4-5-6.

Durante o processo de envelhecimento, os exercícios também ajudam a adiar o início de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer – condição que pode estar associada à obesidade4-5-6.

Aumenta a disposição. Quando praticamos exercícios com frequência, temos mais energia e disposição física. Isso acontece porque nossos músculos se adaptam a contrações mais fortes e o coração bombeia mais sangue. Os benefícios da melhora na circulação sanguínea também são sentidos pelo cérebro, que aprimora a sua capacidade de funcionamento6.

Equilibra o sistema nervoso. O ácido lático liberado durante a prática de exercícios neutraliza os efeitos do estresse e ajuda o nosso corpo a ser mais resistente a ele. Dessa forma, ficamos mais resilientes e menos propensos a reagir de forma negativa a situações estressantes7.

Reduz a ansiedade e diminui o risco de depressão. Como citamos, o exercício aumenta a liberação de substâncias associadas a sentimentos de felicidade. Além disso, estudos mostram que distúrbios emocionais, como ansiedade e depressão, estão associados ao aumento dos níveis de fatores inflamatórios. Ao regular as alterações nos fatores inflamatórios e nos neurotransmissores, o exercício pode melhorar as emoções e aliviar os sintomas5-8-9.

A prática frequente de atividade física também pode reduzir a liberação de glutamato, um aminoácido (composto químico responsável pela formação de proteínas) presente no sistema nervoso central que está associado à ansiedade e à depressão5-8-9.

Melhora a autoestima. Está comprovado que o exercício pode aumentar nossa autoestima e promover a interação social, ao mesmo tempo em que reduz os sentimentos de solidão. A autoestima também melhora conforme você percebe em seu corpo os resultados positivos da prática regular de atividade física5.

Controla os impulsos e aumenta a disciplina. Outro benefício de treinar com frequência é o aumento do controle dos impulsos. Isso nos ajuda a ter mais disciplina – comportamento essencial durante a jornada de perda de peso10.

Aumenta a qualidade do sono. A atividade física ajuda a regular o ritmo circadiano, o nosso relógio biológico. Alterações neste ciclo podem aumentar a predisposição a problemas que vão desde uma maior dificuldade de se concentrar ou tomar decisões até o desenvolvimento de doenças metabólicas, como a obesidade. Por isso, ter um sono de qualidade é essencial para manter a saúde em dia e a prática frequente de exercícios também pode colaborar nesse sentido.11-12

Saiba mais:

Referências
1. WHO (World Health Organization). Physical activity - great for your body, great for your mind. Disponível em https://www.who.int/news-room/featurestories/detail/physical-activity---great-for-your-body--great-for-your-mind. Acesso em fevereiro de 2024. 2. Lazarevich I, Camacho MEI et al. Relationship among obesity, depression, and emotional eating in young adults. Appetite. 2016 Dec 1;107:639-644. 3. Bristot V, Poletto G et al. The effects of exercise on circulating endocannabinoid levels-a protocol for a systematic review and meta-analysis. Syst Rev. 2022 May 18;11(1):98. 4. Deslandes A, Moraes H et al. Exercise and mental health: many reasons to move. Neuropsychobiology. 2009;59(4):191-8. 5. Ren J, Xiao H. Exercise for Mental Well-Being: Exploring Neurobiological Advances and Intervention Effects in Depression. Life (Basel). 2023 Jul 4;13(7):1505. 6. Ministério da Saúde. Como a atividade física protege o cérebro? Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-meexercitar/ noticias/2022/como-a-atividade-fisica-protege-o-cerebro . Acesso em fevereiro de 2024. 7. Karnib N, El-Ghandour R et al. Lactate is an antidepressant that mediates resilience to stress by modulating the hippocampal levels and activity of histone deacetylases. Neuropsychopharmacology. 2019 May;44(6):1152-1162. 8. Boff TC, Soares SJB et al. A função do glutamato nos transtornos de ansiedade e no transtorno obsessivo-compulsivo. UFFS. 2021:1-3. 9. Singh B, Olds T et al. Effectiveness of physical activity interventions for improving depression, anxiety and distress: an overview of systematic reviews. Br J Sports Med. 2023 Sep;57(18):1203-1209. 10. Wu J, Xiao W et al. Effects of Exercise on Neural Changes in Inhibitory Control: An ALE Meta-Analysis of fMRI Studies. Front Hum Neurosci. 2022 Jun 24;16:891095. 11. Montaruli A, Castelli L et al. Biological rhythm and chronotype: new perspectives in health. Biomolecules. 2021 Mar 24;11(4):487. 12. Chaput JP, McHill AW et al. The role of insufficient sleep and circadian misalignment in obesity. Nat Rev Endocrinol. 2023;19,82–97.
 

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BR24OB00086 - Abril/2024 - Material destinado ao público em geral.

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