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Se você tem dúvidas sobre o seu peso e a sua saúde, busque ajuda profissional. A conversa com um especialista pode ser o primeiro passo por mais qualidade de vida.
“Dieta milagrosa”... ‘Perca todo o peso que você quer enquanto come tudo o que você quer’ .... Veja o peso derreter”. Em qualquer lugar que vamos, somos bombardeados com mensagens sobre maneiras fáceis de perder peso. Não me entenda mal, as dietas funcionam. Mas apenas no curto prazo. Infelizmente, após uma dieta, 8 em cada 10 pessoas recuperam o peso perdido. Mas também há um efeito menos visível das dietas – isso afeta nossa autoestima.
Sou psicólogo, então gosto de perguntar o porquê das coisas: Por que continuamos acreditando nessas histórias (mentiras)? Bem, acontece que fazemos isso naturalmente. Se tivermos um problema, queremos uma solução. Quanto maior o problema, mais queremos uma solução. Isso é natural, é o que chamamos de motivação de fuga (“Teletransporte, Scot” para vocês, fãs originais do Star Trek); pois queremos que a dor acabe. Queremos a solução, a cura.
O problema é que estamos abordando a perda de peso como se fosse verdade que podemos perder tanto peso quanto queremos. Confesse se você já não pensou em atingir seu peso ideal. A ciência nos diz outra coisa. O peso não é um comportamento e não pode ser controlado como tal. O apetite é regulado por hormônios complexos e funções cerebrais e o corpo resiste fortemente à perda de peso. A ciência da obesidade como condição médica está contando uma história de sucesso que é praticamente o oposto do que ouvimos na mídia e do que temos acompanhado desde o início.
O resultado disso são duas consequências infelizes. Em primeiro lugar, o peso das pessoas que vivem com excesso de peso geralmente aumenta no término do programa de emagrecimento quando comparado com o peso no início do programa. Uma tristeza! A biologia fez o tiro sair pela culatra. Em segundo lugar, vemos que essa experiência de falhas na perda de peso tem causado um impacto psicológico extremamente negativo. A autoestima da maioria das pessoas sofreu bastante um verdaeiro golpe. A narrativa sempre foi que o peso é controlável e tudo que você precisa é da força de vontade para comer menos e se exercitar mais. Simples assim.
Portanto, se você não for bem-sucedido (o que sabemos agora não é
uma surpresa, considerando nossa genética, nossa biologia, nossos
ambientes e nosso estilo de vida), acho que isso o torna... De novo,
mais um golpe na sua autoestima.
Essa tortura precisa parar. O peso não é um comportamento e não pode ser controlado como tal. As pessoas vêm em todos os tipos de formas, tamanhos e cores. Um tamanho não serve para todos! Acho muito importante que todos nós, sejam profissionais médicos ou cidadãos, aceitemos a diversidade corporal. Se pudermos promover a obesidade como uma condição, e não como um número em uma balança, podemos ajudar.
A obesidade é a consequência do excesso de tecido adiposo (gordura)
que prejudica a saúde, a função e a qualidade de vida. Seu peso não
define seu valor como pessoa. Acho útil o conceito de O Melhor Peso. O
melhor peso é aquele que você pode alcançar e manter enquanto vive da
forma mais saudável e feliz. Se você não consegue chegar lá, se não
consegue ficar lá, se precisa fazer algo prejudicial à saúde para
chegar lá ou se chegar lá o deixa infeliz, esse NÃO é o seu melhor
peso.
Imagine um mundo no qual não atribuímos valor à aparência física ou ao peso corporal Seria um mundo melhor. Ainda podemos promover um peso saudável e, na verdade, podemos ser mais bem-sucedidos ao apoiar quantidades moderadas de perda de peso sustentada.
Acho que, à medida que avançamos, é hora de nos concentrarmos na promoção do melhor peso saudável, ao mesmo tempo em que promovemos a autoestima positiva. Porque somos seres sociais, o que os outros pensam de nós é e sempre será importante. Mas deve haver um limite para isso. À medida que nos desenvolvemos como sociedade, temos a opção de reexaminar as crenças infiltradas em nossas culturas. Você provavelmente é muito jovem para se lembrar, mas a norma cultural para a magreza, especialmente em mulheres, nem sempre esteve lá.
Na década de 1960, apareceu uma modelo jovem, magra como um palito,
com o nome de Twiggy (vá em frente, pesquise ela). Antes disso, a
forma feminina desejada era mais curva (pense em Marilyn Monroe). Não
crescemos como sociedade para abraçar a diversidade? Antes disso, a
forma feminina desejada era mais curvelínea (pense em Marilyn Monroe).
Eu realmente espero que, à medida que desenvolvemos tratamentos para a
obesidade que sejam mais favoráveis e baseados em evidências, também
forneçamos um contexto para promover a autoestima positiva.
O que é autoestima? Bem, a autoestima é a estima que você tem sobre
si mesmo; me desculpe se isso parece simples. Espere, talvez seja mais
simples. A autoestima é uma questão pessoal. Muitas vezes, lembro as
pessoas que vejo na minha clínica do
seguinte:
Se formos bem-sucedidos em ajudar as pessoas a mudar a narrativa do
tratamento da obesidade para longe do mito de comer menos e se
exercitar mais, poderemos ser mais bem-sucedidos em aceitar a
diversidade corporal e respeitar os outros. Incentivo vocês a
valorizar o corpo no qual nasceram, apreciar as realizações que podem
alcançar e reivindicar o valor e a dignidade inerentemente seus.
BR24OB00012
Se você tem dúvidas sobre o seu peso e a sua saúde, busque ajuda profissional. A conversa com um especialista pode ser o primeiro passo por mais qualidade de vida.