O excesso de peso é, atualmente, um dos principais riscos para o desenvolvimento de câncer no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). De cada 100 casos da doença no país, 13 estão relacionados ao sobrepeso e à obesidade¹.

Estudos mostram que o estado de inflamação gerado pela obesidade pode promover o crescimento de células cancerígenas, aumentando a probabilidade de desenvolvimento da doença¹. Saiba mais sobre a relação entre excesso de gordura corporal e câncer:

O que é o câncer?

É uma doença crônica que surge a partir de alterações no DNA das células, que passam a receber instruções erradas para desenvolver as suas atividades. Com isso, elas começam a se multiplicar de forma desordenada, formando tumores nos órgãos atingidos. Também podem invadir tecidos próximos ou migrar para outras partes do corpo – o que conhecemos como metástase.

Obesidade e câncer: o elo é a inflamação ¹-³-⁴-⁵-⁶

O tecido adiposo, aquele que armazena a gordura, produz substâncias que causam um estado de inflamação crônica no organismo – consequentemente, à medida que se aumenta a gordura corporal, maior será esse processo inflamatório.

A inflamação e a gordura excedente também podem levar a um quadro conhecido como resistência à insulina, que acontece quando esse hormônio produzido pelo pâncreas tem dificuldade em transformar o açúcar (glicose) em energia. O pâncreas, então, passa a aumentar a produção de insulina para tentar processar a glicose da forma correta.

As substâncias inflamatórias e a resistência à insulina podem induzir à multiplicação celular desordenada, favorecendo o surgimento de tumores.

Não para por aí: uma vez que a doença esteja instalada, a gordura em excesso também pode ativar o crescimento de células do câncer, elevando os riscos de metástase. O problema é tão significativo que 14% das mortes por câncer em homens e 20% em mulheres são atribuíveis à obesidade.

Quais os tipos de câncer relacionados à obesidade? ¹

São pelo menos 13 os tipos de câncer relacionados ao excesso de peso:

Quanto mais tempo com obesidade, maior é o risco de câncer?⁷

• Aumento de produção de leptina (hormônio da saciedade) e diminuição de grelina
(hormônio da fome), resultando em melhor controle do apetite;

Como reduzir o risco de câncer relacionado à obesidade? ⁴-⁸-⁹

Estar com excesso de peso não significa necessariamente que uma pessoa terá câncer, mas ter excesso de peso aumenta o risco e a mortalidade por câncer. Portanto, o tratamento do sobrepeso e da obesidade desempenha um papel importante na diminuição dos casos de câncer.

Estudos mostram os exercícios físicos, além de contribuírem para a perda de peso, diminuem o risco do desenvolvimento de tumores. Isso acontece porque a prática frequente regula hormônios que estão aumentados em pessoas com obesidade e que colaboram para a proliferação celular desordenada.

A alimentação também tem um papel importante na ocorrência do câncer. Os alimentos podem agir de forma protetora ou promotora de tumores, por isso uma nutrição balanceada – rica em alimentos naturais e pobre em ultraprocessados – é essencial.

Além de mudanças de comportamento, outras opções de tratamento para o excesso de peso podem ser indicadas por um médico, como o uso de medicações antiobesidade e cirurgia bariátrica.

O tratamento da obesidade tem mais chances de sucesso quando é acompanhado por uma equipe multidisciplinar de profissionais qualificados, composta por médico, psicólogo, nutricionista e profissional de educação física, que irão avaliar o estado de saúde como um todo e indicar o melhor caminho a ser percorrido.

Caso ainda não tenha um médico ou profissional de saúde de sua confiança, você pode acessar este link e encontrar os mais próximos de você.

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